sábado, 19 de abril de 2014

A Simbologia do Ovo




O ovo é um símbolo que praticamente explica-se por si mesmo. Ele contém o germe, o fruto da vida, que representa o nascimento, o renascimento, a renovação e a criação cíclica. De um modo simples, podemos dizer que é o símbolo da vida. Os ovos tornaram-se símbolo oficial da Páscoa no século XVIII.

Os celtas, gregos, egípcios, fenícios, chineses e muitas outras civilizações acreditavam que o mundo havia nascido de um ovo. Na maioria das tradições, este "ovo cósmico" aparece depois de um período de caos.

Na Índia, por exemplo, acredita-se que uma gansa de nome Hamsa (um espírito considerado o "Sopro divino"), chocou o ovo cósmico na superfície de águas primordiais e, daí, dividido em duas partes, o ovo deu origem ao céu e a terra - simbolicamente é possível ver o céu como a parte leve do ovo, a clara, e a terra como outra mais densa, a gema.

O mito do ovo cósmico aparece também nas tradições chinesas. Antes do surgimento do mundo, quando tudo ainda era caos, um ovo semelhante ao de galinha abriu-se e, dos elementos pesados, surgiu a terra (Yin) e, da sua parte leve e pura, nasceu o céu (Yan).

Para os celtas, o ovo cósmico é assimilado a um ovo de serpente. Para eles, o ovo contém a representação do universo: a gema representa o globo terrestre, a clara o firmamento e a atmosfera, a casca equivale à esfera celeste e aos astros.

Na tradição cristã, o ovo aparece como uma renovação periódica da natureza. Trata-se do mito da criação cíclica. Em muitos países europeus, ainda hoje há a crença de que comer ovos no Domingo de Páscoa traz saúde e sorte durante todo o resto do ano. E mais: um ovo posto na sexta-feira santa afasta as doenças

Como se calcula a data da Páscoa

O Concílio Geral de Nicéia, em 325, determinou que a Páscoa  seria celebrada no domingo seguinte à primeira Lua cheia após o equinócio da primavera do Hemisfério Norte, que ocorre no dia ou depois de 21 março. No entanto, a data da Lua Cheia não é a real, mas a definida pelas Tabelas Eclesiásticas. A Quarta-Feira de Cinzas ocorre 46 dias antes da Páscoa, e portanto a terça-feira de carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa.

Confira abaixo a  data da Páscoa de 1980 a 2024:

1980 
06 de abril 
 
1995 
16 de abril 
 
2010 
04 de abril
1981 
19 de abril 
 
1996 
07 de abril
 
2011 
24 de abril
1982 
11 de abril 
 
1997 
30 de março
 
2012 
08 de abril
1983 
03 de abril 
 
1998 
12 de abril
 
2013 
31 de março
1984 
22 de abril 
 
1999 
04 de abril
 
2014 
20 de abril
1985
07 de abril 
 
2000 
23 de abril
 
2015 
05 de abril
1986 
30 de março 
 
2001 
15 de abril
 
2016 
27 de março
1987 
19 de abril 
 
2002 
31 de março
 
2017 
16 de abril
1988 
03 de abril 
 
2003 
20 de abril
 
2018 
01 de abril
1989 
26 de março
 
2004 
11 de abril
 
2019 
21 de abril
1990 
15 de abril 
 
2005 
27 de março
 
2020 
12 de abril
1991 
31 de março
 
2006 
16 de abril
 
2021
04 de abril
1992  
19 de abril
 
2007 
8 de abril
 
2022 
17 de abril
1993
11 de  abril 
 
2008 
23 de março
 
2023 
09 de abril
1994  
03 de abril
 
2009 
12 de abril
 
2024
31 de março



O nome Páscoa surgiu a partir da palavra hebraica "pessach" ("passagem"), que para os hebreus significava o fim da escravidão e o início da libertação do povo judeu (marcado pela travessia do Mar Vermelho, que se tinha aberto para "abrir passagem" aos filhos de Israel que Moisés ia conduzir para a Terra Prometida).
Ainda hoje a família judaica se reúne para o "Seder", um jantar especial que é feito em família e dura oito dias. Além do jantar há leituras nas sinagogas.
Para os cristãos, a Páscoa é a passagem de Jesus Cristo da morte para a vida: a Ressurreição. A passagem de Deus entre nós e a nossa passagem para Deus. É considerada a festa das festas, a solenidade das solenidades, e não se celebra dignamente senão na alegria.
Em tempos antigos, no  hemisfério norte, a celebração da Páscoa era marcada com o fim do inverno e o início da primavera. Tempo em que animais e plantas aparecem novamente. Os pastores e camponeses presenteavam-se uns aos outros com ovos.

Francês JOYEUSES PÂQUES Tcheco VESELE VANOCE

Alemão SCHÖNE OSTERN Espanhol FELICES PASCUAS

Italiano BUONA PASQUA Macedônio SREKEN VELIGDEN

Inglês HAPPY EASTER Grego KALO PASKA

Chinês FOUAI HWO GIE QUAI LE Árabe EID-FOSS'H MUBARAK

Croata SRETUN USKRS Húngaro Boldog Husveti Ünnepeket

Polonês Wesolych Swiat Sueco Glad Påsk

Holandês Gelukkig Paasfest Norueguês God Påske

Turco Mutlo (eller Hos) Paskalya

Português
Feliz Páscoa





Pi = 3,141592653589793238462643383279502884197169399375105820974944592307816406286208998628
034825342117067982148086513282306647093844609550582231725359408112848111745028410270193852
110555964462294895493038196442881097566593344612847568233786783165271201909145648566923460
3486104543266482......................




"Os dígitos não calculados d  dormem num misterioso reino abstracto, onde gozam de uma débil realidade. Só quando são calculados se tornam algo de plenamente real, e até mesmo nessa altura a sua realidade é uma mera questão de grau."
 William James




A razão entre o perímetro de um círculo e o seu diâmetro
 produz o número PI.


O mistério do Pi, é obtermos sempre um valor igual e constante e o de não podermos conhecer a sua última casa!  Foi este facto, que fez com que a representação do Pi  fosse feita pela letra do alfabeto grego, ou seja uma pequena estratégia para simplificar o seu registro.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

O fabuloso 3,141592653589793238462643383279502884197169399375105820974944592…



Aqui fica uma ligação ao site da Associação Atractor (http://www.atractor.pt/fromPI/index.html) onde é possível encontrar, nas casas decimais do π,  uma sequência de números, por exemplo a nossa data de nascimento ou o nosso número do cartão de cidadão.

O meu número de contribuinte - 141582170, encontra-se na
330800939 posição decimal de PI,

 ..114767130011528479230829947668343  141582170  53852779094279399151435307586189654376..

Até mesmo é possível escrevermos o nosso nome em π ! Para tal é, apenas, necessário seguir as instruções dadas no site.




 

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Entrevista


A SPM publicou a entrevista a Francisco Ferreira. Gostaríamos de a deixar aqui transcrita.



revista Clube SPM a Francisco Ferreira - Especialista em Ambiente (Quercus)


Clube Entrevista SPM


Francisco Ferreira foi Presidente da Quercus de 1996 a 2001, sendo membro da Direcção Nacional desde Março de 2001, tendo assumido o cargo de Vice-Presidente em Março de 2007. Tem coordenado projectos de investigação no domínio das alterações climáticas e avaliação da qualidade do ar. Na Quercus coordena as áreas das alterações climáticas e energia. Para melhorar o ambiente, aqui fica a entrevista:


Como define a sua infância?
Foi uma infância feliz, com muitos amigos e atividades, da ginástica aos escuteiros, passando por um amplo contacto com a natureza, próprio de quem nasce numa terra privilegiada como Setúbal, com o Sado e a Arrábida tão perto. Acho que estive sempre bastante ocupado! O facto de ter três irmãos substancialmente mais velhos, mais 20, 19 e 10 anos respetivamente, sendo que um deles aliás lecionava Matemática no Instituto Superior Técnico, foi determinante no contato com realidades científicas, sociais e culturais muito diferenciadas e que viriam a moldar o meu futuro.


Com 10 anos foi aluno da Escola Preparatória de Bocage, em Setúbal. Que tipo de aluno era o Francisco?
Se falamos de notas posso dizer que era um bom aluno – e não o único numa turma de grande diversidade mas com a grande maioria dos colegas muito interessados em aprender e participar. Com todas as atividades que tinha também é difícil que nessa idade fosse classificado como se dedicasse exclusivamente ou demasiado ao estudo. Acima de tudo gostava de participar e muito de “ensinar”, pelo que mais tarde me viria a realizar através da minha profissão.


Como era o ambiente nas aulas de Matemática?
Estava numa turma com colegas dedicados, quer em termos de amizade, quer de aprendizagem, pelo que o ambiente não podia ser melhor. Num dos anos a professora de Ciências Naturais era também a professora de Matemática, pelo que fazíamos uma boa ligação entre as duas áreas. O gosto pela matemática viria a seduzir-me e atualmente faço investigação e sou professor na área da engenharia do ambiente na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, dedicando-me a áreas como a qualidade do ar e a estatística aplicada a problemas ambientais.


Desde quando é que notou a sua sensibilidade para as causas do ambiente?
Tudo começou precisamente nos 5º e 6º ano – por influência de colegas mais velhos do então Liceu de Setúbal, atual Escola Secundária de Bocage, eu e alguns colegas integrámo-nos na Liga para a Proteção da Natureza. Nessa altura começámos a fazer sessões devidamente preparadas com guiões e mostrávamos diapositivos a outros alunos da nossa escola e de outras sobre os principais temas ambientais. Passei a estar envolvido em campanhas como a da criação da Reserva Natural do Estuário do Sado, que viria a ser concretizada em 1981, Seguiu-se depois o Projeto Setúbal Verde e mais tarde este viria a ser integrado na Quercus em 1987.





O que é a Quercus?
A Quercus é uma organização não governamental de ambiente, isto é, é uma associação que reúne certa de quatro mil associados, com estruturas repartidas por todo o país (os núcleos regionais) e grupos de trabalho especializados em determinadas matérias como conservação da natureza e biodiversidade, energia e alterações climáticas, resíduos, água e educação ambiental. Acima de tudo procuramos defender os interesses das populações em relação às questões ambientais, promovendo um desenvolvimento sustentável.


A Quercus tem defendido a causa do ambiente nas últimas décadas. Em linhas gerais, quais são as prinicipais preocupações ambientais em Portugal?
Portugal tem problemas de ordenamento do território que originam consequências negativas para a saúde das populações (má qualidade do ar, ruído, por exemplo). Temos um país com uma enorme biodiversidade e riqueza paisagística que não temos sabido aproveitar, e que é uma garantia fundamental para uma atividade económica relevante como o turismo. Precisamos de melhorar a qualidade de vida das pessoas através de uma mobilidade mais sustentável. Há espécies em risco de extinção, há rios cuja qualidade da água devia ser melhorada. Muitos progressos têm sido feitos, mas Portugal tem de olhar para oportunidades baseadas num uso mais eficiente dos seus recursos, investindo naqueles que são renováveis e tão importantes como a pesca, a cortiça, entre outros.





Neste inverno temos assistido à revolta do mar sobre a nossa costa. No verão temos os incêndios. Que riscos corremos actualmente?
As alterações climáticas estão a alterar ao longo das últimas décadas os padrões meteorológicos que eram relativamente estáveis. Passámos a ter mais eventos extremos, onde se incluem tempestades no Oceano Atlântico com influencia direta nas nossas costas, onde uma ocupação errada da costa, ajudada pela falta de sedimentos retidos nos rios pelas barragens e obras costeiras cujo impacte não se avaliou devidamente, estão a causar enormes efeitos negativos no litoral. Por outro lado no Verão, estamos com um aumento da frequência das ondas de calor, com riscos acrescidos de incêndio, também aqui agravados pelo tipo de floresta que temos e que devia ter sido melhor planeada para lidar com esta ameaça. É indispensável assim adaptarmo-nos, isto é, prepararmo-nos seriamente e com o maior rigor técnico possível, para um clima em mudança e para as suas consequências.





A pegada ecológica tem a ver com a matemática? O que é?
A pegada ecológica é uma aproximação à área do planeta capaz de gerar recursos renováveis para um habitante. A matemática é fundamental como base do conjunto de cálculos, alguns complexos, que ponderam o a energia, a água, outros recursos, que nos permitem chegar a um valor final do número dos chamados hectares globais usados por cada pessoa. Infelizmente, para uma população crescente, e com um uso também crescente de recursos em diversos países, já estamos a utilizar mais planetas do que aquele em que vivemos, isto é, já estamos a utilizar muitos recursos não renováveis que no fundo representam a nossas poupanças que se estão a esgotar.





O Minuto Verde é uma rubrica...
Diária, desafiante e única.


O que pode fazer cada português para melhorar o ambiente?
Muito! É no dia-a-dia, nas nossas opções de consumo, de uso da água, da energia, da mobilidade. Por exemplo, podemos escolher produtos alimentares locais, da época, com menos embalagem, de preferência adquiridos diretamente junto do produtor num mercado. Podemos encaminhar corretamente os resíduos e acima de tudo evitar o desperdício. Trata-se de conseguir reduzir custos, usando melhor os recursos do planeta, e através de pequenas mudanças de comportamento conseguirmos dar o nosso contributo para um desenvolvimento mais sustentável.


Se pudesse o que reciclava em Portugal?
A reciclagem, não nos podemos esquecer, só vem depois da redução e da reutilização. Ainda temos uma margem de reciclagem enorme para muitos materiais. Numa interpretação mais lacta da pergunta, era capaz de reciclar alguns dos decisores que não têm a visão estratégia de futuro que o ambiente requer☺.

O matemático Galileu Galilei escreveu que “o livro da natureza foi escrito exclusivamente com figuras e símbolos matemáticos.” O que acha?
A imagem de Galileu de que a natureza, como que decorre, de uma construção matemática, deve acima de tudo lembrar-nos para usar o nosso conhecimento científico e as ferramentas matemáticas que temos à disposição para traçarmos um futuro para a sociedade com desenvolvimento económico, inclusão social e respeito pelo ambiente, proporcionando uma melhor qualidade e vida para as próximas gerações. É só fazer bem contas, recorrendo mais uma vez à matemática, e percebe-se que é um bom investimento.




Por Carlos Marinho

quinta-feira, 3 de abril de 2014

JOGOS MATEMÁTICOS

JOGOS MATEMÁTICOS



O grupo de Matemática fomentou a realização de variados Jogos de estratégia, com incidência no Xadrez, na 5ª feira de manhã, na sala 2.06 de Matemática. A comparência maciça de alunos comprova o interesse neste tipo de atividades e motiva-nos, enquanto professores, a persistir nestas tarefas.