quarta-feira, 18 de junho de 2014



Mestrado (2º ciclo) em Engenharia Matemática

http://www.fc.up.pt/dmat/engmat/

Faculdade de Ciências da 
Universidade do Porto


Prazos de Candidatura
1ª Fase    11 de junho a 4 de julho 2014
2ª Fase:   18 a 29 de agosto 2014
https://sigarra.up.pt/fcup/pt/cand_geral.informacao_relevante_cans_view?pv_processo_id=848485

Duração

dois anos letivos, com um total de 120 ECTS. O primeiro ano concentra-se na formação em tópicos avançados em Matemática Aplicada, particularmente em Modelação Matemática, Economia e Finanças, Dinâmica dos Fluidos, Processos Estocásticos, Estatística Aplicada, Otimização, Simulação e Computação Científica. No segundo ano, além de disciplinas de opção que complementam a formação científica, os estudantes têm um estágio anual com 45 ECTS, em muitos casos desenvolvido em empresas (bancos, companhias de seguros, etc.)

Objetivos principais:
fornecer uma preparação matemática sólida; preparar competências e criatividade em técnicas de modelação matemática que possam servir uma grande variedade de aplicações em vários ramos da atividade humana; facilitar o uso de aplicações informáticas e técnicas numéricas; estimular e facilitar o diálogo com os diversos agentes económicos; permitir uma rápida integração efetiva no mercado de trabalho; desenvolver competências analíticas para resolver problemas da vida real.

Elevado grau de empregabilidade
em diversas indústrias e serviços, tais como: Bancos (Análise de risco, Previsão, etc), Áreas de Saúde (hospitais e autoridades de saúde); Consultoria, Auditoria e Projeto; Pesquisa e Formação; Indústria (produção e planeamento de projeto); Setor de Energia (produção e distribuição); Seguros (atuariado, risco, previsão); Transporte, Logística, Abastecimento, e outros.

Homepage

http://www.fc.up.pt/dmat/engmat/
Como cá chegar:
http://www.fc.up.pt/mat/index.php?id=223

terça-feira, 17 de junho de 2014




FACULDADE DE CIÊNCIAS


No quadro do projeto "Cátedra do Collège de France na Universidade de Lisboa", coordenado pelo Prof. Eduardo Ducla-Soares, o Prof. Pierre-Louis Lions, Professor no Collège de France, Medalha Fields em 1994, Prémio Inria em 2012, vai fazer duas conferências em 18 e 19 de junho próximo, na FCUL, e  participar na Reitoria da UL, no dia 18 de junho, num debate aberto ao público.


Programa

18 de junho, das 13h30m às 15h, no Anfiteatro 6.1.36 da FCUL
Mean Field Games I
Aula/seminário pelo Prof. P.L. Lions

18 de junho, das 16h às 18h, no Salão Nobre da Reitoria da UL
Mathematics and its Interdisciplinary Applications
Debate aberto ao público com o Prof. P.L. Lions e painel de cientistas da UL

19 de junho, das 11h às 12h30m, no Anfiteatro 6.1.36 da FCUL
Mean Field Games II
Aula/seminário pelo Prof. P.L. Lions


Organizadores

João Paulo C Dias e José Francisco Rodrigues (DM/FCUL e CMAF/UL)





quinta-feira, 12 de junho de 2014

Premiados



PREMIADOS




Proveniente da Austrália, o Concurso Canguru Matemático sem Fronteiras, é realizado atualmente em 47 países e promove a divulgação da matemática, constituindo um complemento a outras atividades, tais como as Olimpíadas. Portugal, participou pela primeira vez em 2005 e a sua organização está a cargo do Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra com o apoio da Sociedade Portuguesa de Matemática.

Tendo como objetivo, que os alunos se divirtam a resolver questões matemáticas e que percebam que conseguir resolver os problemas propostos é uma conquista pessoal muito recompensadora, a nossa Escola, participou com 22 alunos, tendo os premiados ficado bem posicionados a nível nacional.


 Estão de parabéns, a Joana Veríssimo do 8º1ª, que conquistou o 1º lugar na categoria "Benjamim", a Inês Almeida, do 9º1ª, que obteve o 2ºlugar na categoria "Cadete" e o Lucas Lima do 9ºCE, com o 3º lugar, também na categoria "Cadete".


Fotografia realizada pelo Profº Rafael Pacheco
Colocámos à Joana Veríssimo, quatro questões muito simples. Vamos ver o que nos respondeu:
   

1ª - É uma pergunta comum, mas quando soube que ganhou o 1º lugar no Concurso Canguru Matemático, na nossa Escola, o que é que sentiu?

Joana: Senti-me feliz, mas nunca fui com a ideia de ganhar. O meu objetivo era aprofundar os meus conhecimentos e fazer uma coisa que gosto.


2ª-  Já tinha concorrido alguma vez a este ou a outro concurso matemático?

Joana: Sim. Às olimpíadas da matemática, o ano passado.


3ª-  O que a fez concorrer ao Canguru?

Joana: A motivação dos meus colegas e o meu gosto por matemática.


4ª - Sendo uma boa aluna a matemática, que conselho daria aos seus colegas, para adquirirem um bom desempenho nesta disciplina?

Joana: Na minha opinião, matemática não se estuda. Por isso acho que basta estar atento, nas aulas, para entender a matéria.

Joana, agradecemos a sua disponibilidade e em meu nome, em nome dos professores de matemática e dos alunos desta escola desejamos-lhe as maiores vitórias e felicidades para o seu futuro.


Parabéns aos Vencedores e um Bem-haja a todos pela Vossa Participação!



Profª Susana Martin Tenreiro


domingo, 8 de junho de 2014




O número  3 

"...Na Antiguidade, o número 3 era considerado como símbolo da criação perfeita e da unidade divina. De facto, é como se no interior do homem existisse uma tendência para agrupar as conceções da mente em tríades; por exemplo, tendemos sempre a repetir um esforço três vezes antes de desistir. Nos anais mais antigos encontram-se muitas referências a esta estrutura ternária: três tesouros, três vozes, três admoestações, três provas, etc.
 

Para os gregos, o 3 era o primeiro número ímpar e masculino (considerando que a unidade era mais um princípio do que um número). O 3 é também o primeiro número triangular. Estes números triangulares, ou as suas imagens geométricas sob a forma de uniões entre três pontos, proporcionam o princípio geométrico de formação e crescimento de todas as figuras regulares planas de duas dimensões e sólidas de três dimensões. Os gregos associaram-no ao triângulo, devido ao facto de se tratar de uma figura geométrica com três lados e três ângulos.

Por outro lado, o 3 é um número omnipresente nos relatos mitológicos da Aniguidade: por exemplo, existem três Fúrias nas regiões infernais, três Moiras, três Graças....


...No Antigo Egito, os deuses ou entidades com propriedades divinas agrupavam-se em tríades... Já no Génesis(18:1-19) se fala de três anjos que tomaram a forma humana e apareceram a Abraão. Mas é no final do Talmude que proliferam as referências ao 3, podendo ler-se o seguinte: " Os nossos rabis ensinaram que o Santíssimo, bendito seja, todos os dias chora por três tipos de pessoas: pelo que pode estudar a Torá e não o faz; pela que não tem capacidade suficiente para estudar o Torá e, apesar disso, o faz; e pelo governate que governa a comunidade com prepotência." No mesmo livro diz-se ainda: " Há três pessoas que o Santíssimo, bendito seja, louva todos os dias: o solteiro que vive numa grande cidade e não peca; o pobre que devolve um objeto perdido ao seu dono; e o rico que paga os dízimos sem se gabar". O 3 também está presente quando se trata de distribuir castigos e recompensas: "Todos os que descerem ao inferno subirão, exceto três, que descerão mas não subirão. Estes três são:o que comete adultério com a mulher casada; o que envergonha o seu próximo em público; e o que usa para o seu próximo um apoio insultuoso"...

.... Na liturgia e doutrina cristã, o 3 é um número de sorte e cheio de significações. Três são os elementos da Santíssima Trindade: Deus Pai, Deus Filho e o Espírito Santo; os pecados principais: avareza, luxúria e orgulho; e as três formas de pagamento: jejum, esmola e oração; as pessoas ofendidas pelo pecado: Deus, o próprio pecador e o seu vizinho; os graus de penitência: contrição, confissão e expiação; as virtudes teologais: fé, esperança e caridade; Os inimigos da alma: o demónio, o mundo e a carne; e foram três as vezes que Pedro renegou Cristo, para dar exemplos de referências trinitárias que aparecem já no cristianismo primitivo.

No mundo Celta, as tríades e a triplicação surgem contínuamente. As coisas são perguntadas três vezes, as deusas apresentam-se de três em três... acredita-se que o número 3 reforça o seu poder...
Para os celtas, três vezes a idade do cão é a idade do cavalo; três vezes a idade do cavalo é a do homem; três vezes a idade do homem é a do veado; Três vezes a idade do veado é a da águia...

É possível que por trás da tríade, que se encontra praticamente em todos os povos, esteja o esquema da família: pai, mãe e descendente ("três formam uma sociedade" era uma máxima jurídica baseada no direito romano). Talvez também uma forma de pensar em ciclos de três: princípio, meio e fim; ou tese, antítese e síntese. O fato é que o 3 é um número de extraordinário dinamismo e riqueza simbólica..."


                                                                                                                        Números Notáveis
                                                                                                                         Lamberto del Cid

quinta-feira, 5 de junho de 2014

(Di) Visões por Miguel Abreu - A matemática numa Reunião de E.E.

Artigo de Junho de 2014


Texto de Miguel Abreu - Presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática        


Um familiar escreveu-me a relatar um episódio que teve lugar na mais recente Reunião de Encarregados de Educação dos alunos da turma de um dos seus filhos. Ilustra bem como saber (resp. não saber) usar alguma matemática pode simplificar (resp. complicar) a vida de qualquer um. Com a devida autorização, aqui fica o texto que me enviou.

"A certa altura, foi realçado o facto de as notas do 3º período serem resultado de toda a avaliação do ano. Em todas as disciplinas, a nota do 3º período resulta de uma média ponderada de todas as avaliações ao longo do ano. Em todas as disciplinas excepto a Filosofia, fomos informados.
Em Filosofia é diferente. A nota do 1º período resulta das várias avaliações feitas nesse período. A nota do 2º período resulta de uma média entra a nota do 1º período e a média das avaliações feitas no 2º período. E a nota do 3º período resulta da média entre a nota do 2º período e a média das avaliações feitas no 3º período.
Os vários encarregados de educação ficaram perplexos. Uma mãe afirmou que, assim, a nota do 1º período contaria muito mais, visto que “entrava 3 vezes” nas contas. Fiquei um pouco confuso e, numa folhinha de papel, tentei organizar ideias.

Se as médias das avaliações feitas em cada período fossem representadas respectivamente pelas letras A, B e C, então as notas de cada período seriam:

- 1º período = A
- 2º período = (A+B)/2
- 3º período = [ (A+B)/2 + C]/2 = A/4 + B/4 + C/2

Ou seja, na nota final do 11º ano de Filosofia, o trabalho feito no 3º período conta o dobro do que o trabalho feito em qualquer um dos outros dois períodos.
Tentei explicar aos outros pais este facto, mas olharam para mim como se eu fosse estranho. Como é que as avaliações do 3º período poderiam contar mais, se a nota do 1º período “entrava mais vezes” nas contas?

Tentei então explicar e comecei “bem, se as avaliações do 1º período forem A, as do 2º forem B e as do 3º forem C, então…” mas perdi-os entre o B e o C.

Desisti."