sexta-feira, 26 de dezembro de 2014



"Educação: inquietações e esperanças", por Dr. Fernando Carneiro.
Data provisória: 4 de Março (14h30m, no Auditório da Biblioteca)

"A educação como sistema de poder e opressão, gera sistemas de inclusão e  exclusão, como mecanismo reprodutivo de uma visão do mundo que triunfou em determinada sociedade. Importa assim conhecer os sistemas alternativos e concorrentes, pensando na dicotomia dos modelos formais e informais de educação e em que medida existe uma comunicação mais ou menos assumida entre os mesmos  - As hierarquias na educação- Socialização e educação-  o cidadão como veículo de educação- O problema das instâncias de certificação- A globalização entre a perigosa normalização e a possibilidade de uma contribuição democrática e ecuménica - O prazer e a violência de aprender- O  melting pot do New Age.-  O direito à diferença e o seu factor de exclusão - Cultura de elite e cultura de massas -  O culto do ego e a falência das ideologias."

sábado, 20 de dezembro de 2014

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Entrevista a Francisco Andrade






Medalha de Ouro nas Olimpíadas Ibero Americanas de Matemática em 2014, Francisco Andrade, 17 anos, aluno do 12ºano de uma escola de Matosinhos, continuou a enaltecer as equipas portuguesas neste tipo de competições. Em dois anos consecutivos, Portugal obteve três medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze, o que mostra o esforço e a progressão dos nossos alunos. Em San Pedro Sula, nas Honduras, competindo com 82 alunos de 22 países, Francisco Andrade confessou que não esperava tanto. "Esperava a prata".

Futuro matemático ou engenheiro, apaixonado por matemática, proporcionou a Portugal o orgulho de conquistar a medalha de ouro numa competição internacional de matemática.

E citando a nossa aluna Marisol Noronha (5ºA3), " Esse menino deve ser um menino muito esperto por isso ganhou a medalha não é professora? Eu também gostava de ser como ele, mas ele estudou muito de certeza", vamos conhecê-lo um pouco melhor.



Profª Susana Tenreiro: Boa tarde, Francisco Andrade. Parabéns pela Medalha de Ouro. Estou aqui apenas como porta-voz. As questões que lhe vou colocar foram elaboradas pelos alunos de Matemática do 5º ao 12ºano do ensino presencial e a distância da nossa Escola.


Daniel Moreira (11ºPE1): Desde que idade percebeste que tinhas um dom para a Matemática?

Francisco Andrade: Desde cedo, desde a escola primária que percebi ter esse dom.



       Carla Monteiro (12ºPQ): Qual foi o motivo que te levou a participar neste concurso?

Francisco Andrade: Eu participo já há algum tempo em olimpíadas de matemática e no Projeto Delfos, que prepara os jovens portugueses para olimpíadas internacionais de matemática, pelo que a participação nestas olimpíadas foi a continuação de um longo trabalho.


Evelyn Claudino (7ºA3):  Olá Francisco Andrade, sou a Evelyn e tenho 11 anos. Queria fazer-te uma pergunta: Tu próprio decidiste participar, ou foram os teus familiares que te incentivaram a participar?

Francisco Andrade: Fui eu que decidi participar.


Gionvanni Silva (6ºA1): Eras o único português na competição? É a 1ª vez que concorres?

Francisco Andrade: Não, haviam três outros portugueses em competição. É a primeira vez que participo nas Olimpíadas Ibero Americanas de matemática, mas já tinha participado noutras olimpíadas.



 Sinai Lumei (6ºA1):  Não tinhas medo de ter erros?

 Francisco Andrade: Sentia um pouco de medo.



Débora Nunes (5ºA3):  Qual é o objetivo deste concurso? Será que nos atrapalha os estudos? Ou ficaremos melhor à disciplina? O que iremos ter de saber? Ao participar nas olimpíadas de matemática conta para no final do ano passarmos? Ou conta para participação? No final que ficamos a saber?"

Francisco Andrade: Este concurso ajuda as pessoas a melhorar as suas capacidades analíticas e matemáticas. Em relação à nota do final do ano, ou se conta para passar, não tem influência nenhuma.



       Leandro Cardinali (5ºA3):  Com a tua experiência com a matemática, achas que há alguma técnica que facilite a forma de estudar e entender a matemática? E já agora os meus parabéns, eu gosto de matemática mas acho que nunca me safava numas olimpíadas, pois ás vezes até os exercícios me custa a fazer.

       Francisco Andrade: Penso que a melhor técnica é tentar resolver o máximo de problemas e tentar esforçar-se ao máximo para entender tudo.

    

 Celina Mariani(5ºA3): Olá. Tu usas as tuas capacidades para ensinares os outros?  Sendo tu um jovem e seres sem dúvida um orgulho de aluno para qualquer professor e que te ocupa imenso tempo, ainda te resta tempo para estares com os teus amigos?

Francisco Andrade: Nas aulas tento ajudar os meus colegas sempre que posso. Em relação à segunda pergunta, dá tempo para tudo.



     Nilton Pinheiro (7ºA3):  Não sendo em Portugal a matemática uma das melhores disciplinas, esta tua vitória tem um gosto especial?  Sempre foste bom na Matemática ou foi derivado das matérias que te foram surgindo?"

Francisco Andrade: Não creio que tenha um gosto especial por causa disso. Em relação à segunda pergunta, creio que sempre fui bom a Matemática.



       Rebeca Domingues (7ºA3): As Olimpíadas de matemática, foram nas Honduras. Tiveste dificuldade com o idioma?" Tens alguma técnica para estudar?"

Francisco Andrade: Não, eu escrevi a prova em português, uma vez que a linguagem técnica é a mesma. A minha técnica para estudar é tentar resolver problemas de um nível cada vez mais elevado.



Deolinda Martinho (11ºPE1):  Há algum truque para ser bom a matemática?

Francisco Andrade: Penso que não há nenhum truque secreto. Se uma pessoa tentar resolver exercícios e enfrentar as suas dificuldades acabará por ter sucesso.


Cassandra Tristão (9ºA2): Qual é a sensação de competir com oitenta e dois alunos e conseguir ganhar a medalha de ouro?

       Francisco Andrade: É boa, fiquei muito contente.



       Sónia Nunes (5ºA3):  Quanto tempo devemos estudar para conseguir?

Francisco Andrade: Depende das pessoas e dos objetivos. Para estas olimpíadas eu estudei bastante tempo.



        Cristiano Costa (9ºA2):  Depois de ganhares a medalha o que pensaste?

       Francisco Andrade: Fiquei contente



       Nelson Carvalhais (11ºPE1): Recebeste algum prémio em dinheiro? Quanto?

       Francisco Andrade: Não, não recebi prémio monetário.



       Miguel Almeida (9ºA2): Estás a pensar nas próximas Olimpíadas de Matemática? Se sim, achas     que consegues voltar a ganhar? Havia alguma rivalidade com alguma pessoa? Se sim, quem?

Francisco Andrade: Sim, estou a pensar nas próximas olimpíadas. O meu objetivo é dar o meu melhor. Em relação à terceira pergunta, não tenho rivalidade com ninguém.



       Eliana Silva (7ºA3): Qual será a tua resposta para alguém que te disser que quer competir nas olimpíadas de Matemática?

Francisco Andrade: Dir-lhe-ia que é uma ótima ideia. Se treinar, resolvendo problemas de olimpíadas anteriores (era a minha técnica nas primeiras olimpíadas em que participei) de certeza que terá sucesso.



  Maria David Carvalho (7ºA3): Qual é o conselho que darias a quem quer fazer o mesmo?

  Francisco Andrade: Dir-lhe-ia para começar por participar nas olimpíadas portuguesas de matemática, tentando passar as sucessivas etapas até à final nacional e depois ingressar no Projeto Delfos, para que possa ser selecionado para participar em olimpíadas internacionais de matemática


Jénifer Marques (7ºA3):  Sentiste-te orgulhoso de ti?

       Francisco Andrade: Sim, senti.



       Profª Susana Tenreiro: Agradecemos a sua simpatia e disponibilidade e em meu nome, em nome dos professores de matemática e dos alunos desta escola, desejamos-lhe as maiores vitórias e felicidades para o seu futuro.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Olho hoje para a matemática e digo, afinal isto era fácil



Numa entrevista interessantíssima feita por Carlos Marinho da Sociedade Portuguesa de Matemática a um dos humoristas mais versáteis e notáveis da comédia nacional, foram colocadas, entre outras, as seguintes perguntas, as quais se acompanham das respetivas respostas:


Para o Nilton a matemática era “Supcelente” ou fazia parte da equipa titular?
Supcelente, supcelente (ri)...eu faço parte daquela geração que a matemática parecia um bicho de sete cabeças, alargado à própria sociedade, pintavam a matemática como algo que fazia mal às pessoas. Hoje penso doutra maneira. Olho hoje para a matemática e digo, afinal isto era fácil. Vejo pelos meus sobrinhos, quando precisavam, eu ajudava-os. Já me vinguei, tenho um sobrinho que é barra a matemática. O meu sobrinho tem vinte valores a matemática. Tem 10 por ele e 10 por mim.


O matemático Adrian Paenza escreveu: os pais motivam nos primeiros meses os filhos a falar e andar, para nos 12 anos a seguir, dizer-lhes para estarem calados e quietos. O Nilton tem um filho, o Noah, de 3 anos. Como é?
Eu faço ao contrário. Em termos de cabeça incentivo-o a falar muito e a exprimir-se. Dou sempre um bom exemplo, que é fazer-lhe perguntas inusitadas que não são para a sua idade. Há dias convencio-o a dizer-me qual é a palavra preferida. Estava a explicar-lhe que a minha palavra preferida era “carabinieri”, polícias italianos. Quando ele percebeu, só me dizia “chchi/cocó”. Ele está nessa fase, para ele são as palavras preferidas dele. Depois fui buscá-lo à escola, e disseram-me que ele estava com umas conversas tão estranhas. Queria saber qual é a sua palavra preferida. Isso vem de onde? Perguntaram-me. Na escola estavam a achar aquilo estranho. Para mim não, sou eu a provocar-lhe o cérebro e obrigá-lo a pensar e a fazer coisas diferentes, que cortam com o hábito dele. Faço e tomo atitudes que ele não está à espera, que cortam com o normal dele e que ele está habituado. Faço-lhe cócegas no cérebro.


Uma história que nos possa (de)escrever que envolva matemática...
Sobre a matemática, uma vez fiz férias com um casal amigo, eles são engenheiros, dão aulas no Porto. Estavam a fazer testes na praia, na última semana de férias, eu achava aquilo girissimo. Eu olhava e dizia que nunca conseguiria fazer isso. Eles com altos problemas de matemática e perguntavam entre si: - o que achas destes? Pareciam dois amigos a fazer sodoku ou palavras cruzadas, mas eram problemas de matemática da faculdade. Achei muita piada.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Símbolo
Nome
Explicação
Q
números racionais
Quando dividimos um número inteiro (a) por outro número inteiro (b) obtemos um número racional. Todo número racional é representado por uma parte inteira e uma parte fracionária. A letra Q deriva da palavra inglesa quotient, que significa quociente, já que um número racional é um quociente de dois números inteiros.

Por exemplo, se a = 6 e b = 2, obtemos o número racional 3,0. Se a = 1 e b = 2, obtemos o número racional 0,5. Ambos têm um número finito de casas após a vírgula e são chamados de racionais de decimal exata.

Existem casos em que o número de casas após a vírgula é infinito. Por exemplo, a = 1 e b = 3 nos dá o número racional 0,33333... É a chamada dízima periódica.

Podemos considerar que os números racionais englobam todos os números inteiros e os que ficam situados nos intervalos entre os números inteiros.
Q = {a/b | a Z e b Z*}.
Lembre-se que não existe divisão por zero!.

O símbolo Q* é usado para indicar o conjunto de números racionais não-nulos:
Q* = {x Q | x 0}

O símbolo Q+ é usado para indicar o conjunto de números racionais não-negativos:
Q+ = {x Q | x 0}

O símbolo Q- é usado para indicar o conjunto de números racionais não-positivos:
Q- = {x Q | x 0}

O símbolo Q*+ é usado para indicar o conjunto de números racionais positivos:
Q*+ = {x Q | x > 0}

O símbolo Q*- é usado para indicar o conjunto de números racionais negativos:
Q*- = {x Q | x < 0}
I
números irracionais
São os números reais que não podem ser obtidos pela divisão de dois números inteiros, ou seja, são números reais, mas não racionais. Esses números possuem infinitas casas depois da vírgula, que não se repetem periodicamente. O número irracional mais famoso é o pi ().
R
números reais
O conjunto formado por todos os números racionais e irracionais é o conjunto dos números reais, indicado por R. Indicamos por R* o conjunto dos números reais sem o zero, ou seja, o símbolo R* é usado para representar o conjunto dos números reais não-nulos:
R* = R - {0}

O símbolo R+ é usado para indicar o conjunto de números reais não-negativos:
R+ = {x R | x 0}

O símbolo R- é usado para indicar o conjunto de números reais não-positivos:
R- = {x R | x 0}

O símbolo R*+ é usado para indicar o conjunto de números reais positivos:
R*+ = {x R | x > 0}

O símbolo R*- é usado para indicar o conjunto de números reais negativos:
R*- = {x R | x < 0}
C
números complexos
Um número complexo representa-se por a+bi, sendo a a parte real e b a parte imaginária. Unidade imaginária: define-se a unidade imaginária, representada pela letra i, como sendo a raiz quadrada de -1. Pode-se escrever então: i = (-1).
< e >
comparação
É menor que, é maior que x < y significa que x é menor que y
x > y significa que x é maior que y
e
comparação
é menor ou igual a, é maior ou igual a xy significa: x é menor ou igual a y; xy significa: x é maior ou igual a y